Adeus

Como dito no primeiro post, este blog foi criado com fins acadêmicos como exigência da matéria Gestão da Reputação da Escola Superior de Administração e Gestão (ESAGS).

O semestre está acabando e, consequentemente, este blog também.

Como uma despedida, deixamos aqui um vídeo para nosso querido professor Getúlio.

Professor,

Esperamos que goste, se divirta e se lembre sempre destas suas alunas formandas da 2ª turma de Adiministração da ESAGS - Santos. Muito obrigada por tudo.

Com carinho.
Debora, Desirée, Isabela, Marina e Vanessa

Obs: O vídeo ficou muito pesado para carregar no blog, então abaixo está o link para assistir no YouTube:

http://www.youtube.com/watch?v=B58lA1MhHjU

Você financia testes em animais.

                       Nas últimas semanas, muito tem se falado sobre a invasão de ativistas ao Instituto Royal, que ocorreu na madrugada do dia 18/10, para resgatar os animais que eram utilizados como cobaias para testes de cosméticos, entre eles 178 cães da raça beagle, coelhos e ratos. Este assunto tem sido muito discutido, principalmente por meio de redes sociais. Algumas pessoas são contra o uso de animais em teste e apoiam a ONG pela iniciativa, outras chegam a criticar negativamente a ação dos ativistas apesar de não concordarem com o uso de animais e ainda há outra parcela da população que é totalmente a favor do uso de animais em testes.

                   Há muitas opiniões diferentes com relação a isto e este assunto está gerando diversas polêmicas, e, além disto, algumas pessoas estão divulgando tanto os nomes de empresas de cosméticos que não utilizam este método, como também nomes de empresas que utilizam, e entre eles aparece a AVON.

                Desde o dia da ação da ONG, uma quantidade muito grande de pessoas tem procurado saber quais empresas estão envolvidas, com isso, muitas pessoas fizeram reclamações em sites como Reclame Aqui cobrando uma posição da AVON com relação a isto. A resposta da empresa é a mesma para todos:

Olá XXXX, boa tarde!

Enviamos o posicionamento sobre o assunto para o seu e-mail.

Lembramos que permanecemos à disposição no nosso Serviço de Atendimento Avon no telefone 0800 708 2866, ou através do Fale Conosco no site www.avon.com.br.

Obrigado!

Equipe de Relacionamento

Avon Cosméticos

                A AVON alega que realiza testes em animais apenas em países onde exista esta determinação legal, mas que, ainda assim, apoia de todas as formas o uso de métodos alternativos a este.

                Muitos sites tem mostrado a importância do consumidor, que é contra o uso de cobaias vivas, evitar comprar destas determinadas marcas, pois é a melhor forma de “protesto”. Muitas matérias intituladas, por exemplo, como “Substitua a marca que você ama por uma causa”. De certa forma, este assunto poderá afetar diretamente a imagem da empresa por conta da mídia que esta sendo feita a respeito. Muitas pessoas famosas apoiando a causa, muitas emissoras de TV, jornais, revistas e até mesmo os próprios consumidores. Mas a questão é: De fato isto irá prejudicar a imagem da empresa ou é somente algo momentâneo? Os consumidores realmente pensam nestes fatores antes de comprar?

Vendas da Avon crescem 13% no Brasil, mas caem no mundo

Pelo quinto trimestre consecutivo, a Avon se deu bem no Brasil. As operações da empresa cresceram 13% no país na comparação com o mesmo período do ano anterior.

De acordo com a própria companhia, o bom desempenho foi sustentado por importantes lançamentos feitos pela empresa no mercado brasileiro, como as novas linhas de maquiagem, fragrância e cuidados para a pele. Porém quando pegamos uma revista da Avon podemos ver que a quantidade de produtos é grande. Outras empresas, como por exemplo, a Natura e a Mary Kay desenvolve novos produtos de uma maneira mais contida, sempre tirando a linha de antigos com pouco margem de crescimento. Tendo em vista que a empresa não esta tão bem em outros países, será que já não chegou a hora de rever os custos? Não há porque manter produtos com uma margem pequena.

No terceiro trimestre deste ano, as vendas globais da companhia caíram 8%, totalizando 2,3 bilhões de dólares. No período, a Avon registrou prejuízo de 5,8 milhões de dólares. Um ano antes, havia somado lucro de 32,6 milhões de dólares.

“O terceiro trimestre foi difícil e impactado negativamente por problemas macroeconômicos e pela fraqueza em algumas de nossas operações, principalmente na América do Norte”, afirmou Sheri McCoy, presidente mundial da Avon, em comunicado.

Segundo ela, no entanto, a Avon está caminhando na direção certa, pois parte dos negócios está se estabilizando. "Estamos fazendo progressos para cumprirmos nossa meta nos próximos três anos", disse a executiva.

Em recente visita ao Brasil, Sheri afirmou à imprensa que está mais difícil vender no mercado brasileiro. Por isso, a companhia tem investido nos setores os quais têm força, como maquiagem, fragrâncias e cuidados com a pele.

A operação brasileira é a maior da Avon, e não é por acaso: o país é o terceiro maior mercado global em produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos

As consumidoras e consumidores da Avon estão como espectadores destes acontecimentos, para verificar se a empresa continua com a sua boa imagem de responsabilidade diante de novos desafios.  

O andamento das investigações contra a Avon

Infratores da Lei FCPA serão processados.

Como já comentado aqui no blog, a Avon está, desde 2008, sendo investigada pelas autoridades americanas por possíveis subornos a autoridades estrangeiras em suas operações.

Hoje, 31/10/2013, a Avon anunciou que a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) ofereceu,  no mês passado, um acordo para encerrar o processo de violação contra a Lei Americana Anticorrupção no Exterior (FCPA) com multas que são “significativamente maiores" do que os US$ 12 milhões que a empresa havia oferecido em junho.

Anunciou também que o Departamento de Justiça (DOJ) pode propor penas ainda mais altas e que, caso isso aconteça, suas receitas, fluxo de caixa, e os negócios em andamento serão "materialmente afetados negativamente”.

A Avon, no entanto, não divulgou qual o valor que a SEC está pedindo para resolver o caso.

Voltando um pouco no tempo, quando a história começou...

Década de 1990: 

• China impõe restrições à venda direta, o que força a Avon a comercializar seus produtos através de lojas e boutiques. 

2006: 

• Avon ganha primeira licença da China dada a uma empresa ocidental para vender produtos porta-a-porta.

2008: 

• Avon voluntariamente se autodenuncia para o DOJ e a SEC sobre possíveis violações da Lei Americana Anticorrupção no Exterior (FCPA) e abre uma investigação interna sobre o pagamento de despesas promocionais impróprias (viagens, entretenimento e outras despesas), mas não diz se a investigação envolve despesas para os reguladores chineses envolvidos na decisão de 2006.

2010: 

• Avon coloca três executivos na China e outro em Nova York em licença administrativa. A investigação agora envolve "uma dúzia ou mais países".

2012: 

Janeiro: 

• Cramb é demitido da Avon sob acusação de estar envolvido com os subornos.

Fevereiro: 

• Wall Street Journal (WSJ) informa que o DOJ foi a júri com evidências de violações da FCPA contra executivos americanos na Avon. A história dizia que o foco do júri foi um relatório, de auditoria interna, emitido pela empresa em 2005 que concluiu que funcionários da Avon na China estavam subornando oficiais.

Março: 

• Aruna Viswanatha, da Reuters, disse que um processo judicial aberto por um acionista acusava a Avon de pagar uma grande indenização a um ex-chefe de auditoria interna em 2006 para comprar o seu silêncio sobre subornos na China. De acordo com a história, o ex-diretor de auditoria interna global, Fabian LaPresa, ameaçou entregar para a SEC o rascunho de um relatório interno elaborado por um auditor da Avon que supostamente mostrava que executivos pagavam subornos a funcionários do governo chinês para que a empresa tivesse permissão para vender produtos porta-a-porta. Os benefícios de rescisão extras supostamente dados a LaPresa pelo seu silêncio, de acordo com o processo, só poderiam ter sido aprovados pelo ex-diretor financeiro Charles Cramb, sugerindo que Cramb também conhecia o relatório interno já em 2006.

Dezembro: 

• CEO Andrea Jung renuncia. Sua saída aparentemente foi devida ao desempenho financeiro da Avon e ela não estava envolvida com as acusações de subornos

• Bloomberg ranqueou Jung como a terceira pior CEO de 2012 (atrás de Brian Dunn da Best Buy e de Aubrey McClendon da Chesapeake Energy), pois foi incapaz de resolver os problemas operacionais da empresa, falhou em criar um sucessor e recusou uma oferta de 10,7 bilhões dólares da empresa de cuidados de beleza Coty. Desde 2004, quando assumiu o cargo de CEO, o valor de mercado da empresa caiu de US$ 21 bilhões para US$ 6 bilhões. E a empresa teve de gastar US$ 300 milhões em despesas legais relacionadas com acusações de que violou a FCPA.

Segundo o FCPA Blog, a investigação da Avon está seguindo um caminho típico. As empresas que se autodenunciam e oferecem pagamentos de multas para o DOJ e a SEC estão sempre com pressa para resolver quaisquer possíveis violações. O problema é que as autoridades precisam estar convencidas de que não há mais qualquer pagamento impróprio que ainda possa ser descoberto. Antes que o DOJ e a SEC resolvam um caso, eles querem ter certeza de que todas as cartas estão na mesa.

A Siemens, por exemplo, precisou de cerca de um ano mais do que esperava para chegar a um acordo com o governo dos EUA. A investigação interna da empresa continuou descobrindo mais corrupções. Por isso, tiveram que fazer mais para convencer os promotores que estavam mostrando toda a roupa suja. No fim das contas, de acordo com alguns com conhecimento da investigação, os custos totais da Siemens chegaram a US$ 1 bilhão. Mas, sem o enorme esforço, não teria convencido as agências americanas que o caso estava pronto para a resolução.

Este é um exemplo de como uma atitude antiética, de altruísmo parcial pode prejudicar não somente outros, mas também o próprio, originalmente, beneficiado. A Avon se beneficiou com a permissão para vender porta-a-porta na China, mas tendo esta sido conseguida através de meios ilegais, está agora se prejudicando em uma proporção muito maior.

Aparentemente, a intenção dos acionistas da Avon não era que essa autorização fosse conseguida por subornos, visto que se autodenunciaram em 2008, em 2012, um acionista abriu um processo judicial contra a Avon e eles foram os maiores prejudicados com a grande queda de valor de mercado da empresa (as ações da Avon caíram cerca de 50% nos últimos dois anos).

No entanto, provavelmente, a grande pressão, que normalmente acontece em todas as empresas, para bater metas, levou seus gestores a tomarem decisões erradas, pensando apenas no momento, sem considerar as consequências futuras de suas ações.

Reduzir, Reciclar e Reutilizar!

Avon já estimula a preservação ambiental, sendo uma de suas principais iniciativas o instituto “Viva o Amanhã Mais Verde” (leia mais em: http://belezaeresponsabilidade.blogspot.com.br/2013/08/e-nao-para-por-ai.html).

Agora a Avon também está promovendo o descarte correto de seus produtos. Através de uma parceria com a empresa TerraCycle para possibilitar o descarte correto de maquiagem, esmaltes e suas respectivas embalagens plásticas ou de papel.

O programa irá proporcionar uma segunda vida a estas embalagens, evitando que sejam descartadas em lixões ou aterros sanitários. As embalagens e frascos coletados serão reciclados e transformados em materiais que podem ser novamente utilizados pela indústria. A iniciativa, além de reduzir a quantidade de resíduos, diminui a extração de matéria-prima virgem, contribuindo para a preservação do planeta. O processo é muito simples e está ilustrado na figura a seguir:

 

 

Para cada unidade de resíduo enviada, a TerraCycle faz uma doação no valor de R$0,02 à The Nature Conservancy (TNC). A TNC é uma organização não-governamental que se dedica ao desenvolvimento de projetos de conservação ambiental. A entidade tem projetos para a recuperação de matas nativas em diversos biomas brasileiros. A TNC é reconhecida por já ser parceira da Avon em outro projeto mundial de grande sucesso, que destina recursos de vendas da empresa de vários países para a recuperação da Mata Atlântica na região sudeste do Brasil.

A Avon tem investido em projetos para reduzir os resíduos gerados pelos seus produtos e diminuir o impacto ambiental de suas embalagens. A empresa já colocava a venda através de seus folhetos a opção de aquisição de produtos na versão refil, a um preço inferior ao produto com embalagem completa.

Finalmente, os materiais recolhidos que forem passíveis de serem reaproveitados farão parte da cadeia produtiva de outros produtos ou do mesmo produto, evitando assim a extração de novas matérias primas e redução no consumo de energia, muitas vezes de fontes não renováveis, como petróleo. Outro benefício gerado esta interligado justamente com os pontos descritos anteriormente, que é a economia financeira trazida pelas empresas.

Inauguração do ambulatório de mastologia no Hospital São Paulo

O Hospital São Paulo, na capital paulista, ganha um novo Ambulatório de Mastologia e Unidade Diagnóstica, que vai beneficiar as 1.500 mulheres atendidas mensalmente na instituição via SUS – Sistema Único de Saúde. A nova unidade vai permitir maior conforto e agilidade no atendimento e realização de exames para mulheres com várias patologias mamárias, entre elas o câncer de mama. 

O ambulatório passa a contar com equipamentos de última geração, como aparelhos de ultrassonografia e um mamógrafo digital que foi doado pelo Instituto Avon. As consultas são agendadas somente via Unidade Básica de Saúde (UBS) e as mamografias podem ser marcadas pessoalmente, basta ter o pedido médico e o cartão do SUS.

“Sabemos que o câncer de mama é uma doença grave, mas as chances de cura são grandes quando há o diagnóstico e tratamento nas fases iniciais, além de ser o tratamento menos agressivo para a paciente. O Instituto Avon abraça essa causa para que mais mulheres tenham acesso à informação, que façam os exames clínicos e à mamografia, além de ter o atendimento médico adequado”, afirma o diretor executivo do Instituto Avon, Lírio Cipriani. 

A parceria realizada entre a Avon e a Unifesp tem como objetivo beneficiar mulheres que não possuem condições financeiras para adquirir os melhores tratamentos de saúde, proporcionando também o diagnóstico precoce de possíveis patologias.

Uma prova de responsabilidade?

A Avon, informou que após 50 anos, encerrará as operações na França até o final deste mês.

De acordo com o escritório parisiense da empresa, as encomendas atuais serão garantidas. No entanto, eles não têm certeza se os representantes autônomos serão capazes de obter os produtos após o final de outubro.

A empresa está presente na França há 50 anos e possui cerca de 120 funcionários em Paris e 11.000 representantes comerciais.

Segundo o jornal inglês BBC, funcionários acusam a Avon de não tê-los informados e de agir contra os valores da empresa, que defende a comunicação aberta e franca. Isso mostra que numa situação em que os ganhos começam a cair, a empresa pode não seguir com os seus valores. Não há nenhuma informação se a Avon vai se responsabilizar e quitar seus débitos com os colaboradores e revendedores. Todos os consumidores esperam que a empresa permaneça estável no mercado e honre seus compromissos financeiros, que isso não atrapalha a bela imagem que a Avon tem no mercado.

No segundo trimestre do ano fiscal de 2013, a empresa de cosméticos registrou a receita total de 2,5 bilhões de dólares, com queda de 4% nas vendas de produtos de beleza e alta de cerca de 5% nos utensílios de moda e casa.